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domingo, fevereiro 03, 2019

Vinte e três

Toca minha alma,
O meu corpo.
Me chama pra dançar,
Me incendeia.
Enche um enorme balde
E finalmente me apaga.

Aos vinte e três eu estive pela primeira vez em algo que não se pode definir. Todos os nomes pareciam simples ou supérfluos demais. Não era um contatinho, nem um crush. Não era um ficante, nem uma saída. Talvez fosse um rolo ou um caso. Mas eu também me recusava a chamar de algo assim. Era ele e isso bastava para todo mundo compreender.
Nós éramos simples e complicados demais.
Ele era paz,
E calmaria.
Mas também era o caos
E aquela dor que arde no peito.
Ele era o meu bom dia e os braços que me protegiam.
Era o sorriso que me tirava do chão
E os olhos que me viam no fundo.

Eu era dele e de mais ninguém.
Sem rótulos, títulos ou exibições públicas. 
Ele me tinha na alma, de um jeito completamente complicado, mas tinha.

Aos vinte e três eu me sentia adolescente, com o coração na boca sempre que ele me olhava.

Aos vinte e três ele se eternizou em mim.

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