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quinta-feira, abril 14, 2011

E vai melhorar.


Amanhã, um dia talvez, tudo vai melhorar. Tudo tem que melhorar. Porque eu não presto e isso faz o mundo inteiro não prestar. Porque eu preciso de dias sem me preocupar. Preciso realmente não me importar. As rosas estão sobre a mesa. Não dei-me ao trabalho de coloca-las na água. Deixem-as murchar. Quero fazer as malas e me mudar. Quero olhar-me no espelho e voltar a me ver. Acende a luz do quarto, apaga a luz do corredor. Apaga a luz do corredor, acende a do quarto. E fica nesse vai e volta, vagando pela casa sem ter o que fazer. Encara o telefone. Ninguém irá te ligar. Encara a agenda. Ninguém para telefonar. Inquieta vai para a rua, senta no passeio, de pijamas mesmo, com um copo de Coca-Cola nas mãos. E fica olhando alguns carros irem de um lado para o outro. Vez ou outra algum buzina. Me arrancam um sorriso. Sorriso momentâneo, daqueles que você nem vê abrindo. A feição séria me toma novamente. Não quero mais ficar aqui parada em um só lugar. Fecho o portão, vou dar uma volta para refrescar. Noite daquelas que o mormaço não quer me deixar. Desisto de tudo, entro para o meu quarto novamente. Vou me deitar. Talvez amanhã ao acordar, esse sentimento vago tinha ido passear.

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