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segunda-feira, agosto 16, 2010

Estrada.


Um olhar para baixo, troco a música que esta a tocar pelos meus fones de ouvido. O balanço do carro pela estrada já me irrita antes que cheguemos ao local onde garças se perdem em meio a boiada. Vejo meu pai comentando alguma coisa comigo que aparentemente estou sentada ao lado dele no carro, mas minha mente esta viajando, apenas balanço a cabeça e concordo. Um olhar para a frente e inexplicavelmente vejo pelas lentes do meu óculos com armação azul a mesma estrada que passo todos os dias que vou em direção ao fim do mundo. Porém dessa vez parece tudo diferente. Talvez tenham sido meu olhar sobre ela, talvez tenha sido apenas a estação do ano. Não importa. Vejo uma beleza infinita. Vejo lugares que me fascinam, como nunca fascinaram. Não entendo muito bem tudo isso, afinal passo por essa mesma estrada desde que nasci para ir ao mesmo pedaço de terra que meu pai ousa chamar de "nossa". Terras não deveriam ter donos. Vegetações deveriam ser conservadas e construções feitas em harmonia com elas. Assim como eu via por aquela estrada. Assim como acontecia naquela pequena cidade próxima ao fim do mundo. O mundo deveria ser como aquela estrada. Nem muito longa, nem muito curta. Porém com uma paisagem incrível.

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